Nas últimas semanas, vários jornais brasileiros divulgaram reportagens sobre uma crítica de Caetano Veloso em relação ao Presidente Lula, nas quais informavam que ele "não sabe falar, é cafona falando, grosseiro."
Veja notícia completa do jornal A Tarde: www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=1271942
Tal comentário fez com que muita gente passasse a refletir sobre o preconceito linguístico, muito comum em nossa sociedade, mas pouco debatido e combatido. Ninguém pode ser considerado melhor ou pior que ninguém por falar diferente dos outros ou por não atender às regras tradicionais das gramáticas normativas, as quais encontram-se completamente desatualizadas. Uma prova disso é que ela ainda trata o pronome "tu" de segunda pessoa com o verbo flexionado e a maioria dos falantes utilizam o "tu" sem flexão ou o pronome "você", que ela ainda insiste em defini-lo como sendo de tratamento.
Voltando à citação inicial, gostaria de saber o que é "não saber falar"? Para mim, não saber falar é não estar apto para exercer tal função, como é o caso dos bebês, que ainda não estão com todos os órgãos utilizados na produção da fala formados ou alguém que possua algum tipo de deficiência física. Fora isso, todos sabem falar, do seu jeito, do jeito do brasileiro.
O português não são só dois, são vários. É múltiplo. Falamos português, mas com o tempero que cada região, que cada comunidade, que cada indivíduo sabe utilizar muito bem e fluentemente. A gramática não é um deus que devemos reverenciar, mas consultar de maneira crítica. Ela deve servir ao falante no registro de normas - no sentido de normal, habitual, aquilo que usamos no dia-a-dia.
São tantas as reflexões que podemos realizar acerca dessa reportagem... prefiro deixar espaço para que outros também pensem a respeito.
Até a próxima!
Veja notícia completa do jornal A Tarde: www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=1271942
Tal comentário fez com que muita gente passasse a refletir sobre o preconceito linguístico, muito comum em nossa sociedade, mas pouco debatido e combatido. Ninguém pode ser considerado melhor ou pior que ninguém por falar diferente dos outros ou por não atender às regras tradicionais das gramáticas normativas, as quais encontram-se completamente desatualizadas. Uma prova disso é que ela ainda trata o pronome "tu" de segunda pessoa com o verbo flexionado e a maioria dos falantes utilizam o "tu" sem flexão ou o pronome "você", que ela ainda insiste em defini-lo como sendo de tratamento.
Voltando à citação inicial, gostaria de saber o que é "não saber falar"? Para mim, não saber falar é não estar apto para exercer tal função, como é o caso dos bebês, que ainda não estão com todos os órgãos utilizados na produção da fala formados ou alguém que possua algum tipo de deficiência física. Fora isso, todos sabem falar, do seu jeito, do jeito do brasileiro.
O português não são só dois, são vários. É múltiplo. Falamos português, mas com o tempero que cada região, que cada comunidade, que cada indivíduo sabe utilizar muito bem e fluentemente. A gramática não é um deus que devemos reverenciar, mas consultar de maneira crítica. Ela deve servir ao falante no registro de normas - no sentido de normal, habitual, aquilo que usamos no dia-a-dia.
São tantas as reflexões que podemos realizar acerca dessa reportagem... prefiro deixar espaço para que outros também pensem a respeito.
Até a próxima!
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